Sindicato veio a Brasília pressionar parlamentares e acompanhar as sessões no Congresso Nacional
Brasília – A semana será intensa para pressionar deputados e senadores em prol da aprovação da Lei Orçamentária Anual 2025, que deveria ter sido votada até dezembro passado e tem como finalidade, entre outras questões, assegurar o reajuste dos professores previsto no acordo para o fim da greve de 2024. Após muita especulação e uma queda de braço acirrada entre Congresso e Governo pautada pela disputa por emendas parlamentares, a expectativa é de que a votação na Comissão Mista de Orçamento aconteça na próxima quarta-feira, 19 de março, e no dia seguinte, na quinta-feira, 20 de março, siga para apreciação no Congresso Nacional.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco participa ativamente das manifestações na Capital Federal desde o retorno do recesso parlamentar, ainda em fevereiro. Nesta semana, um professor da base acompanha o vice-presidente Adufepe, Márcio Vilela, nas articulações. Edmário Menezes é vinculado ao Colégio de Aplicação e, junto aos demais sindicatos representativos dos servidores públicos, fortalecerá a Jornada de Mobilização.
“É uma satisfação estar aqui. É um momento de grande importância para todos os docentes. É preciso que os professores se motivem e fiquem atentos ao processo que está acontecendo. Até porque, faz parte não apenas da questão salarial, mas também da recomposição do orçamento e do desenvolvimento das universidades e dos institutos federais”, observou.
A Adufepe destaca que se antecipou à votação e, para que não se perca ainda mais tempo devido ao impasse entre Governo e Congresso, foram encaminhados ofícios para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento e Orçamento manifestando preocupação diante da morosidade da tramitação e solicitando que, assim que a Lei for aprovada, os pagamentos sejam feitos por meio de uma folha suplementar, acelerando os recebimentos por parte dos servidores públicos.
GREVE – No último ano, após mais de dois meses de greve docente federal, a negociação garantiu aumento para os professores das Ifes, estava previsto 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em abril de 2026, além da reestruturação na progressão entre diferentes níveis da carreira do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. O atraso na votação da LOA, consequentemente, gerou atraso nos pagamentos. Contudo, a Medida Provisória n.º 1.286/24, publicada em dezembro, assegurou o pagamento retroativo.